terça-feira, 18 de junho de 2013

Seu treinamento baseado em evidências.

Caros,

Boa tarde!!
 
Antes de mais nada este post está voltado a todos que tenham interesse sobre o tema intensidade e volume de treino, é para todos nossos alunos, seus amigos e comunidade de colegas. É um post leve e conceitual.
 
Agora vamos lá.

Como educadores, escutamos de tudo dentro e fora da sala de aula em relação aos sistemas, métodos e meios de treinamento, desde perguntas, a exemplo, feitos pelas meninas, "mas eu vou ficar musculosa? Vou ficar grande?" até questionamentos mais inocentes e graciosos (achamos graça mesmo, é verdade), "pega leve hoje tá professor".
 
São tantos comentários e conclusões, empíricas, vindas do senso comum, (gente, normal, natural querer discutir, deixar opiniões, isso é saudável e cabe a nós ajudar-lhes a compreender melhor tudo isso), porém desde que, tenhamos a consciência de que, quem estudou Engenharia tem maior provisão de conhecimentos científicos para falar de pontes, quem estudou Direito, para falar de Leis e quem estudou Educação Física para falar sobre meios, métodos e sistemas de treinamento. 
 
Este post é para trazer um pouquinho de Luz, vamos tentar ser suscintos.
 
Bohme (2003) [...] independente da atividade física, a capacidade de apresentar desempenho adequado a estas atividades, se faz necessário treinamento físico mediante ações complexas, planejadas e orientadas que retarde o cansaço. A aptidão física está intimamente ligada à atividade que trabalha seus componentes, a resistência cardiorrespiratória, força, flexibilidade, composição corporal e capacidades motoras, como, velocidade, equilíbrio, coordenação, agilidade, ritmo.
 
Assim para que haja movimento, é preciso que o organismo converta energia química, provinda dos alimentos, em energia mecânica. Há três sistemas energéticos para produção de trabalho, o Adenosinatrifosfáto (ATP-CP), também chamado de fosfagênio; o Láctico, ou Glicolítico, considerados como sistemas Anaeróbios e o terceiro sistema, Respiração Mitocondrial, ou Aeróbio.
De acordo com a intensidade do exercício o organismo utilizará estas vias. Curtíssima duração e alta intensidade - até 20 segundos - Sistema Fosfagênio; curta duração e alta intensidade - até aproximadamente 2 minutos - Sistema Glicolítico; Duração superior a 3 minutos e intensidade ,moderada/baixa - Sistema Aeróbio (LEITE, 2000).
 
Na prescrição de treinamento existem duas variáveis, também chamadas de princípios científicos que são levadas em consideração quando seu treino é programado, o volume e a intensidade. A intensidade é o fator qualitativo do treino, componete extremanete importante, uma vez que indica o grau de esforço empreendido em determinado momento, ligado ao indivíduo e seu  nível de condicionamento físico. O volume é o fator quantitativo, relacionado a número de repetições, séries, tempo, frequencia de treino por semana (VANNI, 2008).
 
Agora prestem bem atenção:
 
Para prescrição de treinamento cujo objetivo seja a melhora das capacidades físicas, ou ainda a prevenção de doenças, quatro princípios devem ser levados em conta:
 
Primeiro: o da Sobrecarga. Para que haja adaptações fisiológicas ao treinamento, a sobrecarga deve ser maior do que a habitual, ela é controlada pela intensidade, frequência e duração.
 
Segundo: o da Especificidade. O tipo de modalidade interfere no tipo de adaptação.
 
Terceiro: o da Individualidade. Modalidades específicas, com intensidade específica, provacarão adptações fisiológicas diferentes em indivíduos diferentes.
 
Quarto: o da Reversibilidade. Preconiza a volta a estados pré-treinamento quando o indivíduo interrompe o mesmo ou altera significantemente os princípios de intensidade e/ou volume.
 
(CIOLAC; GUIMARÃES, 2004).
 
Desta forma queridos alunos, entendemos seus desejos, mas não existe desejos a serem realizados sem qua haja prejuízos ou benefícios a serem encarados.
 
A American College of Medicine Sports (ACMS, 2012), um dos maiores órgãos que regimenta a atividade física no mundo orienta a prática de atividade física com frequencia de 5 vezes/semana com duração de 45 minutos.
 
Já é sabido também que sessões de treinamento de alta intensidade e curta duração, com pouco intervalo de recuperação, utilizando grandes grupos musculares, tem maior despêndio de energia e que a magnitude do Consumo de Oxigênio Pós Exercío (EPOC) relaciona-se ao grau de distúrbio da homeostase (equilibrio interno) sofrido pelo organismo mediante o exercício, com intensidade de no mínimo 70% de 1 repetição máxima (PINTO; LUPI; BRENTANO, 2011).
 
Importante para todos nós entendermos as adaptações sofridas pelo organismo frente aos estímulos dado a ele, (MONTEIRO; LOPES, 2010), assim:
 
Estímulos Débeis = Não acarretam adaptações
Estímulos Médios = Apenas Excitarão os Sistemas
Estímulos Fortes = Provocarão Adaptações.
 
Assim queridos alunos qualquer semelhança com seus treinos, não é pura coincidência, se você quer resultados, quer melhorar seu rendimento em suas atividades cotidianas, quer ficar forte, saiba que segundo a ACMS,  você pode "pegar pesado" até 5 dias/semana, sem riscos a sua saúde, desde que haja um professor que oriente e planeje seus treinos, lhe conheça bem e estude sempre.
 
Acreditamos em vocês.
 
Beijos e boa semana.
 
QUINTAL PILATES, TREINAMENTO FUNCIONAL
CROSSFIT MOGI DAS CRUZES.
 
Leitor antes de reproduzir este texto, peça-nos autorização para as devidas considereções:
FARATH-CARVALHO; CARVALHO, Aspectos metodológicos do treinamento físico.


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